Pacientes em Risco e Estágio 0

No estágio 0 não é observada nenhuma evidência clínica de osso necrótico, porém são observados achados inespecíficos, sintomas e alterações radiográficas. Do ponto de vista odontológico, os pacientes apresentam dor difusa sem origem odontogênica aparente, observa-se também uma dor irradiada para a articulação temporomandibular, na região sinusal pode-se observar inflamação sinusal e espessamento da mucosa, a função neurosensorial pode estar alterada.

Durante a avaliação oral pode-se observar perda dentária não explicada pela doença periodontal crônica, fístulas periapicais ou periodontais que não estão associadas a cárie, traumas ou restaurações iatrogênicas. Radiograficamente pode-se observar perda óssea ou reabsorção alveolar que não é compatível com a doença periodontal crônica, observa-se em alguns casos alterações em regiões pós exodontia, o alvéolo não cicatriza. Pode-se observar também áreas de esclerose óssea no osso alveolar e no osso basal, principalmente na mandíbula, espessamento do ligamento periodontal (espessamento da lâmina dura, esclerose e diminuição do espaço do ligamento periodontal).

A compreensão que os medicamentos anti reabsortivos agem também no tecido moles é fundamental, já que estudos mostram a ação anti angiogênica da medicação, que diminui fibroblastos e acelerando a senescência dos queratinócitos, desse modo, muitas vezes áreas com vermelhidão e dor, geralmente em regiões traumatizadas ou com algum tipo alteração biomecânica, por menor que seja, podem predispor no paciente submetido a terapia com bifosfonatos a exposição óssea e uma rápida evolução para o estágio 1.

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Tiburtino José de Lima Neto

Tiburtino José de Lima Neto

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