Diante das inúmeras alterações do mecanismo de ação de osteoblastos e osteoclastos, relacionado a doenças como osteoporose, hipovitaminose D, mieloma múltiplo, doença de Paget, osteossarcoma e outros tumores ósseos malignos, as medicações antirreabsortivas, principalmente os bifosfonatos ou anticorpos monoclonais anti-RANKL (denosumab) apresentam-se como ótimas opções terapêuticas. Entretanto, estão relacionadas a alguns efeitos colaterais, principalmente com a MRONJ.
A ação dos bifosfonatos é caracterizada por sua alta afinidade pelos cristais de hidroxiapatita e retenção prolongada no tecido ósseo. Ao penetrar no citoplasma dos osteoclastos, o bifosfonato leva a apoptose celular, resultando em uma aposição mineral óssea maior do que a reabsorção. Já o denosumab, um anticorpo monoclonal humano, se liga ao ativador do receptor RANK-L, inibindo a interação que existiria entre RANK-L e RANK na membrana dos osteoclastos, e assim impedindo diferenciação e ativação osteoclástica, com consequente manutenção do tecido ósseo.
Referências
OTTO, Sven et al. Osteonecrosis of the jaw: effect of bisphosphonate type, local concentration, and acidic milieu on the pathomechanism. Journal of oral and maxillofacial surgery, v. 68, n. 11, p. 2837-2845, 2010.
ANESI, Alexandre et al. From osteoclast differentiation to osteonecrosis of the jaw: molecular and clinical insights. International journal of molecular sciences, v. 20, n. 19, p. 4925, 2019.